A verdade é que fiquei tocada com a história de Henrique Carvalho Pereira, um jovem designer que teve seus sonhos, sua vida, tudo interrompido por um ato de violência desnecessário e brutal.
Até agora eu não entendi como a segurança da Livraria Cultura na Paulista não percebeu a entrada daquele desequilibrado com um bastão de basebol na loja.
Eu não consigo entender uma falha de segurança deste tamanho, que acabou custando a vida de um jovem que morreu sem saber porquê. Morreu sem motivo.
Mas o que me incomoda mesmo é esta falta de respeito pela vida. O que me choca é a falta de amor pelo próximo. Parece que o ser humano se desumanizou. É verdade. Não se importa com os seus de dentro do aconchego do lar, então com os outros que não conhece...

O que você ama ? O que você respeita ? Quem você é ? Para que você esta neste mundo ?
Estas perguntas já não são mais feitas pelas pessoas. Parece que houve uma substituição sintomática de sentimentos, de valores. Parece que a essência do homem foi arrancada. Mas o mais estranho é que isto se tornou uma coisa normal. Uma coisa banal.
A vida não tem mais o valor que tinha há 10 anos atrás. Nós nos anestesiamos com a dor. Sublimamos a dor a tal ponto, que nos tornamos imune à ela.
Comemos pimenta malagueta e ela não arde mais. Vivemos o caos, mas ele não atormenta mais.
Tudo se resolve na base do soco, na base da guerra. Entre você e eu, eu tiro sua vida, como se estivesse matando uma barata. Sua vida vale menos que esterco de vaca.
Eu não consigo entender este tipo de lógica. É como se não houvesse mais sentido para vida, como se não houvesse mais saída. Como se restasse apenas a escuridão absoluta.
Mas eu sou uma subversiva a este tipo de conduta, sou uma ativista contra tudo que é ruim.
Eu sou uma das várias sonhadoras que John Lennon citou em Imagine.
Um dia não haverá mais motivo para matar ou morrer, não haverá mais propriedades, não haverá desejo desenfreado por luxo, nem haverá mais fome.
Um dia todos nós dividiremos o mundo e viveremos em completa harmonia.
Eu acredito que um dia todos nós seremos um, seremos felizes, sem fronteiras, sem medo e sem dor.
Viveremos bem.
Enquanto este dia não chega, continuo minha caminhada em disseminar amor, em buscar meios que possam ajudar meu próximo a melhorar sua vida e ser feliz.
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Um dia o sol não se pora para ninguém. Mas enquanto ele se vai. Eu aprecio a vida com alegria, como no dia que tirei esta foto ai do lado ===>
Foi um espetáculo silencioso, que me deixou segura, como se tudo fizesse sentido e eu não precisava me preocupar porque tinha tudo que eu queria minha mãe comigo, pessoas sorrindo e um celular para registrar esta foto. Isto me bastou para ser feliz naquele momento.
E isto me ensinou que todos nós podemos ser felizes com o que temos. Nós preocupamos tanto em juntar mais, mais, mais. Mas nunca valorizamos o que temos. Deixamos a vida passar por entre os dedos, sem aproveitar os pequenos grandes momentos da vida.
Ás vezes precisamos apenas ouvir nosso coração para encontrar o caminho certo. Eu não quero crer que é verdade uma frase que ouvi na faculdade "Amamos as coisas e usamos as pessoas".
Não. Eu não concordo com isto. Devemos amar as pessoas como se não houvesse amanhã, porque na verdade não existe o amanhã.
A poesia me ensinou muitas coisas, mas a mais importante delas é que tudo esta dentro e não fora de você.
A vida me ensinou que, nem sempre tudo estará bem... Mas é preciso estar sempre pronto a sorrir e prosseguir.
Quero apenas ser o que sou, isto já basta. Isto é o que me levará onde tenho que ir.
Basta apenas ser o que se é de verdade. Porque construir uma imagem é trabalhoso demais, além de construir a imagem você tem que mantê-la a todo custo. E eu acredito que todo ser humano já tem muitas coisas para se preocupar.
Preocupe-se com o que realmente importa. E faça a diferença.
Dryca Lys
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