Vivemos uma época onde a cultura tem sido deixada de lado, porém grandes pessoas tem se levantado para lutar pela cultura nacional.
O Teatro Paiol que é um grande marco da cultura paulista, que esteve fechado por um longo período, esta de volta a ativa. Abrigando apaixonados pela arte, que bravamente lutam para a valorização do teatro.
Confira a programação do Teatro Paiol e ajude a manter este templo da Arte em funcionamento.
Endereço: R. Amaral Gurgel, 164 - Vila Buarque, São Paulo - SP
Telefone: (11) 3337-4517
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Teatro Paiol, um pouco de sua história
Inaugurado em 24 de novembro de 1969 por Perry Salles e Miriam Mehler o Teatro Paiol é uma sala de espetáculo que teve sua trajetória especialmente atrapalhada por uma das mais grotescas obras viárias do país, o Elevado Costa e Silva.
A confortável sala foi projetada pelo arquiteto Rodrigo Lefévre a sala não contou com muito dinheiro para ser construída mas o casal Perry e Miriam não tiveram dificuldades em finalizar o projeto com a ajuda de muitos amigos artistas e admiradores.
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A entrada do Teatro Paiol em meados da década de 1980 |
As poltronas destinadas a platéia foram adquiridas de segunda mão da empresa Folha da Manhã S/A e, para melhorar a acústica da sala recém criada, as paredes tiveram seus tijolos perfurados um a um pelo casal proprietário do imóvel. Hoje, sem forro nas paredes, é possível conferir que os buracos estão lá intactos tal qual há 40 anos atrás foram feitos por Perry Salles e Miriam Mehler.
A proposta do Teatro Paiol era encenar somente peças de autores brasileiros, apoiando e difundindo a cultura brasileira e para a inauguração foi escolhida a peça Flor da Pele, estrelada por Consuelo de Castro e dirigida por Flávio Rangel.
Entretanto, com a dificuldade de se investir somente em peças de autores nacionais, Salles e Mehler decidiram finalmente abrir espaço às produções internacionais e optaram por iniciar com a obra Abelardo e Heloisa, de Ronal Millaar. Porém o palco ainda não possuia urdimento cênico e para isso foi necessária uma grande reforma, reconstruindo o palco e disponibilizando um urdimento de 9 metros de altura e mais três andares de camarim. Com isso, o Paiol tornava-se o primeiro teatro paulistano de pequeno porte a contar com urdimento.
Com o tempo o local passou também a contar com livraria e cineclube.
A decadência:
Com a chegada do Elevado Costa e Silva, popular Minhocão, no ano seguinte da inauguração do teatro, a região passou a sofrer uma lenta, porém contínua, degradação. Aos poucos, a região de Vila Buarque foi perdendo seus atrativos mais conhecidos como a Boate La Licorne e o local deteriorou-se.
Não demorou muito e o público do teatro, outrora fiel, começou a rarear em meados da década de 1980. Separado de Míriam Mehler há alguns anos Perry Salles já não tinha mais parte no teatro. No início da década de 1990 o Teatro Paiol deixava de ser um teatro, fechando suas portas. Ele logo reabriria novamente como um cinema de filmes de sexo explícito, destino amargo e comum a grande maioria dos cinemas de rua do centro de São Paulo.
Desde 2007 o local está fechado e foi colocado à venda. Seu valor: R$850 mil reais.
Apesar de tanto tempo fechado, o local ainda é uma boa opção para quem quiser comprar e recuperá-lo novamente como uma sala de teatro. O Paiol, mesmo com todas as dificuldades que o centro de São Paulo ainda oferece, especialmente aos apreciadores de cultura, ainda tem fôlego para uma reabertura. Basta vontade, incentivo e reforma.
A capacidade de público é de 245 espectadores e o seu palco possui 11×11 metros.
Reprodução de São Paulo Antiga
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