Uma luta que se trava desde que o mundo é mundo.
Durante muito tempo as mulheres são vistas como objeto, desde os lugares mais pobres até o mais alto escalão em todos os tempos.
Porém nas eleições dos Estados Unidos, estamos vendo que este tipo de pensamento ocupa até o país que consideramos o mais avançado em questão de liberdade e que é a terra dos sonhos de muitas pessoas.
Um dos candidatos, que nem vale a pena dizer seu nome, faz comentários altamente degradantes sobre as mulheres, mostrando que nos vê como objetos, que não temos o direito a nos sentirmos como seres humanos completos porque somos mulheres.
Que nossa missão é satisfazer os homens e, se não gostamos disto, apenas calemos a boca porque nossa opinião não serve para nada.
Michelle Obama se pronunciou acerca disto e realmente ela tem razão.
Desde que eu me entendo por gente há diversos ensinamentos para mulheres. Como uma mulher tem que se comportar, uma mulher tem que se vestir assim, tem que se vestir assado.
Mulher não pode falar isto, mulher não pode falar aquilo. Mulher não pode trabalhar com isto. Mulher tem que sempre se dar ao respeito.
De diversas maneiras a voz feminina é calada por todos tempos. E as que se arriscam a lutar e fazer a diferença recebem diversos tipos de rótulos.
Homens e mulheres são seres humanos. Sim existe a diferença biológica e física. Mas acima de qualquer coisa são seres humanos. E merecem o mesmo tratamento e o mesmo tipo de educação. O mesmo tipo de oportunidades, o mesmo tipo de respeito e o mesmo tipo de reconhecimento.
Quando criamos rótulos e diferentes tipo de aceitação para determinados gêneros, criamos a violência e a segregação. E os danos causados podem se tornar maiores e irreversíveis.
As pessoas precisam entender que mulher não é objeto, como homem não é objeto. Mas precisamos mudar nosso pensamento e ensinar o respeito ao ser humano, independente de gênero, etnia, classe social, status ou seja lá o que for.
Quando ensinamos o respeito evitamos a violência, a segregação e o ódio.
Liberdade esta intimamente atrelada a responsabilidade. E Michelle Obama em seu discurso nos chama a responsabilidade de mudarmos pensamentos arraigados e embaçados em preconceitos completante fora dos parâmetros e altamente destrutivos.
É chegado o momento de entendermos que a luta pela liberdade feminina e pelos direitos, realmente, iguais às mulheres não carrega em si a vontade de ser melhor que ninguém ou libertinagem como muitos pregam.
A luta pela liberdade feminina é o reconhecimento de que a mulher merece ter seus direitos respeitados e não ser diminuída em nada pelo simples fato de ser mulher.
Realmente é chocante quando você se depara com pensamentos de que mulher é objeto, que mulher não pode ter voz. Mulher não tem direito a nada.
"Eu não consigo acreditar que eu estou dizendo que um candidato à presidência dos Estados Unidos se vangloriou de atacar sexualmente mulheres, fazer qualquer coisa com as mulheres. Isso não foi apenas uma conversa indecente, não foi apenas uma brincadeira de vestiário, foi um indivíduo poderoso falando livre e abertamente sobre um comportamento sexual predatório e se gabando de beijar e tocar mulheres. Isso não é normal, isso não é a política usual. Usando uma linguagem tão obscena que muitos de nós ficamos preocupados que nossos filhos ouçam isso ao ligarmos a TV. Os comentários vergonhosos sobre os nossos corpos, o desrespeito a nossas ambições e nosso intelecto, a crença de que você pode fazer o que quiser com uma mulher, isso é cruel, é assustador. Nenhuma mulher merece ser tratada dessa maneira. Nenhuma de nós merece esse tipo de abuso." Michelle Obama
E é uma realidade que esta se refletindo no país considerado mais avançado em questão de liberdade e garantias individuais.
Imagina se isso não acontece aqui no Brasil.
Estamos diante de um momento único na história mundial. Onde a própria vida esta nos mostrando que precisamos mudar, precisamos evoluir como seres humanos, que precisamos aprender a respeitar e ensinar que o respeito é o caminho que conduz a uma convivência humana melhor.
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