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Diga que você já me esqueceu? Perturbador e modificador


Doloroso, soturno, perturbador. Diga que você já me esqueceu? sob a direção de Dan Rosetto explora todas as nuances do universo controverso de Nelson Rodrigues.

O espetáculo foi inspirado em Nelson Rodrigues, com uma pegada bem expressionista. Chocante, sem medo de entrar nas feridas mais profundas que se escondem dentro de cada um de nós.

Amores sinceros que são sufocados pelo medo e pela conveniência. E que nos atormentam a vida inteira.

Lembranças que mesmo mortas, emergem dentro de nós e nos consomem dia após dia, nos lembrando que poderíamos ter sido felizes, se não tivéssemos nos rendido ao medo e as convenções que nos impõem dia após dia.

E o desejo visceral que nos leva a devorar outras vidas, numa busca intensa por aquele amor que realmente faz sentido dentro de nós.

A tragédia de entregar o coração de maneira pura e completa para alguém que se perde em várias ilusões da vida. E passa a vida inteira se perdendo com o desejo de um dia vislumbrar o paraíso que o Amor consegue trazer. Mas que se perde diante de desejos e frustrações que nos rodeiam o tempo todo.

A eterna vontade de viver um sonho que parece tão perto, mas ao mesmo tempo tão distante. E, dia após dia, nos permitimos a viver  a sombra dos medos do outro. Que nos controla o tempo todo. Como se fossemos invisíveis em meio a uma multidão.


Egoísmo intenso diante da impossibilidade de alcançar o mundo que se idealizou. Desejo desenfreado para compensar a eterna tortura de não alcançar o amor que tanto se quis.

O medo da solidão que força nos a entrar em relacionamentos de conveniência. E a tristeza de ver a morte tão diante de nossos olhos enquanto vemos tanta vida ao nosso redor.

E o amor que lateja com toda força dentro da alma e que nos faz permanecer vivos, na esperança de um dia encontrar o que procuramos: A liberdade que somente o Amor pode conceder.

As sombras da luz que nos envolve. A morte e a vida numa mesma moeda. 

E a eterna mesmice que nos envolve quando desistimos de lutar pelo que realmente queremos.

Nelson Rodrigues tão incompreendido, porém tão real. Tão visceral... Tão inocente e tão macabro.

Poucos artistas literários conseguem entrar neste Universo tão soturno, pois dele nasce um estigma de louco e perverso. Pois nem todo mundo tem a coragem de enfrentar suas dúvidas e entender que a vida é para ser vivida. E que quando estamos diante do Amor verdadeiro, se nos desviamos dele. Passaremos a vida inteira amargando o pensamento de "Como poderia ter sido?"

"E não adianta nem me procurar
Em outros timbres, outros risos
Eu estava aqui o tempo todo só você não viu" Na sua estante - Pitty

Trecho da música Na Sua Estante - Pitty

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